quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Caminhante, amigo, viajemos juntos...

 A noite está próxima, feras estão por perto, e a fogueira de nosso
acampamento pode se apagar. Mas se nós concordarmos em dividir a vigília
noturna, poderemos conservar nossas forças.
Amanhã, nosso caminho será longo e podemos ficar exaustos.
Caminhemos juntos. Nós teremos alegria e festa.
Eu te cantarei a canção que tua mãe, esposa e irmã cantavam. Tu me contarás a
lenda de teu pai sobre o herói e o feito. Que o nosso caminho seja comum.
Tem cuidado para não pisares em um escorpião, e previne-me sobre quaisquer
víboras.
Lembra-te, nós devemos chegar a uma certa aldeia nas montanhas.
Viajante, sê meu amigo.
Nós estamos dissipando superstição, ignorância e medo. Nós estamos forjando
coragem, vontade e conhecimento.
Todo esforço no rumo da iluminação é bem-vindo. Todo preconceito provocado
pela ignorância é desmascarado.
Tu que trabalhas, não vivem em tua consciência as raízes da cooperação e da
comunidade?
Se esta chama já iluminou teu cérebro, assimila os símbolos do Ensino de nossas
montanhas.
Tu que trabalhas, não te fatigues procurando adivinhar o significado de certas
expressões. Cada linha é a mais alta medida de simplicidade.
Saudações aos que trabalham e buscam!
(Extraído de: Comunidade, 1926. Trad. Fundação Cultural Avatar. Niterói, RJ, 1977)

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Você já trocou?!


Foto: Já trocou?!
 

 
Algumas pessoas ainda acham que usar copo descartável é comodidade. Você vai até o bebedouro, saca o copinho, enche de água (ou café, chá…), bebe e… joga no lixo.
O problema, porém, é pegar um novinho em folha cada vez que bate a vontade de beber alguma coisa.  Além da geração desnecessária de resíduos, a fabricação desses copos emite CO2 e outros gases na atmosfera. Só nos EUA, a fabricação, o transporte e a reciclagem desses materiais produzem gases que se equiparam aos de uma frota de 1,3 milhão de carros durante um ano. Sem contar que cada copinho pode levar mais de 100 anos para se decompor na natureza.
Mesmo que o copo jogado fora vá para o lixo reciclável, existem opções melhores, que contribuem para que o volume de lixo gerado desnecessariamente seja menor. Se você usar dois copinhos descartáveis em um dia de trabalho, por exemplo, são 10 por semana, 40 por mês – que foram para o lixo só para você dar alguns goles. As canecas são boas alternativas. Apesar de você precisar lavá-las, a quantidade de água utilizada não chega ao total necessário para fabricar os copinhos.


Mudança de Hábitos!

Foto: Dicas da semana...

LEIA PARA UMA CRIANÇA...

      

 

Pessoas, fauna e flora...

Foto: Estamos lá...

Chove Chuva!

Foto: Menu almoço 28 de Fevereiro

Sopa do dia...
Creme de cenoura

Prato do dia...
Arroz de pota malandrinho
Quiche de atum com salada
Hamburguer com batata e salada

Sobremesa...
Mousse de chocolate
Bolo de massa folhada com doce de ovos

Consumo (In) Consciente

Foto: EU ETIQUETA

Em minha calça está grudado um nome 
Que não é meu de batismo ou de cartório 
Um nome... estranho. 
Meu blusão traz lembrete de bebida 
Que jamais pus na boca, nessa vida, 
Em minha camiseta, a marca de cigarro 
Que não fumo, até hoje não fumei. 
Minhas meias falam de produtos 
Que nunca experimentei 
Mas são comunicados a meus pés. 
Meu tênis é proclama colorido 
De alguma coisa não provada 
Por este provador de longa idade. 
Meu lenço, meu relógio, meu chaveiro, 
Minha gravata e cinto e escova e pente, 
Meu copo, minha xícara, 
Minha toalha de banho e sabonete, 
Meu isso, meu aquilo. 
Desde a cabeça ao bico dos sapatos, 
São mensagens, 
Letras falantes, 
Gritos visuais, 
Ordens de uso, abuso, reincidências. 
Costume, hábito, permência, 
Indispensabilidade, 
E fazem de mim homem-anúncio itinerante, 
Escravo da matéria anunciada. 
Estou, estou na moda. 
É duro andar na moda, ainda que a moda 
Seja negar minha identidade, 
Trocá-la por mil, açambarcando 
Todas as marcas registradas, 
Todos os logotipos do mercado. 
Com que inocência demito-me de ser 
Eu que antes era e me sabia 
Tão diverso de outros, tão mim mesmo, 
Ser pensante sentinte e solitário 
Com outros seres diversos e conscientes 
De sua humana, invencível condição. 
Agora sou anúncio 
Ora vulgar ora bizarro. 
Em língua nacional ou em qualquer língua 
(Qualquer principalmente.) 
E nisto me comparo, tiro glória 
De minha anulação. 
Não sou - vê lá - anúncio contratado. 
Eu é que mimosamente pago 
Para anunciar, para vender 
Em bares festas praias pérgulas piscinas, 
E bem à vista exibo esta etiqueta 
Global no corpo que desiste 
De ser veste e sandália de uma essência 
Tão viva, independente, 
Que moda ou suborno algum a compromete. 
Onde terei jogado fora 
Meu gosto e capacidade de escolher, 
Minhas idiossincrasias tão pessoais, 
Tão minhas que no rosto se espelhavam 
E cada gesto, cada olhar 
Cada vinco da roupa 
Sou gravado de forma universal, 
Saio da estamparia, não de casa, 
Da vitrine me tiram, recolocam, 
Objeto pulsante mas objeto 
Que se oferece como signo dos outros 
Objetos estáticos, tarifados. 
Por me ostentar assim, tão orgulhoso 
De ser não eu, mas artigo industrial, 
Peço que meu nome retifiquem. 
Já não me convém o título de homem. 
Meu nome novo é Coisa. 
Eu sou a Coisa, coisamente.

Carlos Drummond de Andrade
Em minha calça está grudado um nome 
Que não é meu de batismo ou de cartório 
Um nome... estranho....
(Carlos Drummond de Andrade)

Constituição Federal 1988 - DO MEIO AMBIENTE

Foto: http://www.oeco.com.br/frases-do-meio-ambiente/26864-frases-do-meio-ambiente-artigo-225-da-constituicao-federal-280113