"Desculpa se te mostro as minhas fraquezas, se me emociono e não consigo filtrar. Fomos todos proibidos e ensinados a não mostrar fraquezas, a não chorar e a não desesperar. Parece que parece mal. Parece que se nos calarmos, se não chorarmos, e não mostramos emoções, somos mais fortes, somos mais bem vistos. Nunca vendi a imagem do "eu sou muito forte, e não há nada que me derruba". Há, pois, se há. As pessoas corajosas nem sempre são aquelas que estão de punho cerrado e não mostram medo. As pessoas corajosas nem sempre são aquelas que não mostram fraquezas, medos, ansiedades e fazem perguntas. Fomos ensinados desde sempre a não chorar, seja no sentido literal da palavra, como no seu sentido verdadeiro. E foi esta a primeira emoção que nós conhecemos na vida. Chorar foi e é sempre a primeira manifestação do ser humano. Não há mal algum em demonstrar fraqueza, porque não somos fortes o tempo inteiro, nem somos feitos de ferro, não engolimos sapos e voltamos a respirar suavemente como se nada fosse. Não somos implacavelmente cheios de certezas de que nada nos abala. Todos nós caminhamos por cima de pedras que magoam, todos já se sentiram, já choraram, já sofreram. Todos nós já sentimos a dor da perda, da rejeição, da troca e já sentimos o chão desabar. Todos já se sentiram e já deixaram de sentir. Porque o que arde cura e a ferida fica cicatriz. A vida não é um "e viveram felizes para sempre", mas ensina "e tentaram ser felizes para sempre".
Sofia Almeida
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